PF prende Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro
- Da Redação
- 13 de jun.
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O ex-ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (13). Ele é investigado por indícios de que teria tentado articular a fuga do Brasil do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid delator da trama golpista. Machado foi detido no Recife (PE), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem de Moraes atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República, e também autorizou os agentes federais a realizarem buscas e apreenderem documentos em endereços de Cid, em Brasília. Inicialmente, o ministro tinha autorizado que o tenente-coronel também fosse detido, mas revogou o mandado de prisão pouco antes de a PF cumpri-lo. Mesmo assim, Cid foi conduzido à sede da Polícia Federal, na capital federal, para prestar depoimento e depois foi liberado.
O ex-ministro do Turismo teria tentado emitir um passaporte para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro junto ao Consulado de Portugal no Recife para que ele deixasse o Brasil. A iniciativa serviria para atrapalhar o processo da trama golpista, na qual Bolsonaro é um dos réus.
Segundo a PF, a família de Mauro Cid já foi para os Estados Unidos. A informação foi revelada com exclusividade pelo ICL Notícias na manhã desta sexta-feira.
Empresário e sócio-proprietário de uma pousada de luxo em um destino paradisíaco de Alagoas, a praia de São Miguel dos Milagres, Machado presidiu a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e chefiou o Ministério do Turismo durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019/2022). O ex-ministro foi candidato ao Senado em Pernambuco em 2022 e à prefeitura do Recife, em 2024. Apesar do apoio que teve de Bolsonaro em ambas as eleições, ele não foi eleito.
Sanfoneiro de uma banda de forró que se apresenta profissionalmente, Machado ficou marcado por aparecer tocando seu instrumento durante as transmissões ao vivo que Bolsonaro promovia com membros da equipe de governo.
A investigação corre em segredo de Justiça.
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