Putin dá cidadania da Rússia a Edward Snowden
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Putin dá cidadania da Rússia a Edward Snowden


Edward Snowden, ex-agente do serviço secreto norte-americano que denunciou espionagem dos EUA (Reprodução)

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a concessão da cidadania russa a Edward Snowden, ex-funcionário do serviço secreto norte-americano NSA, conhecido por denunciar um programa de espionagem internacional de Washington antes de receber asilo em território russo.


A decisão decorre de um decreto presidencial que aprova a concessão da nacionalidade russa a várias dezenas de pessoas de diferentes países.


O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse à RIA Novosti que Snowden já havia solicitado a cidadania.


Anatoli Kucherena, advogado de Snowden, revelou à mídia local que a esposa do ex-agente também solicitará a cidadania russa.


O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, comentou que Snowden deve retornar ao seu país e comparecer perante a Justiça dos EUA.


"Nossa posição não mudou: Snowden deve retornar aos Estados Unidos, onde deve enfrentar a justiça, assim como qualquer outro americano faria", disse o porta-voz ao responder se a cidadania russa afeta de alguma forma a cidadania americana do país.


Snowden e a mobilização militar

Dada a mobilização parcial anunciada pelo presidente russo na semana passada, os jornalistas da Interfax perguntaram se a medida afetará o novo cidadão russo.


"Existe um protocolo estabelecido pela lei russa sobre aqueles que estão sujeitos ao recrutamento por mobilização parcial. Como Edward não serviu no exército russo, não tem prática ou experiência no serviço militar, ele não está sujeito ao recrutamento", respondeu Kucherena.


Ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA e da CIA, Snowden trouxe à luz em 2013 um esquema maciço de espionagem eletrônica dos EUA e do Reino Unido contra seus próprios cidadãos. Além disso, assegurou que os serviços especiais desses países grampearam ilegalmente os líderes de outros estados (No Brasil, os principais alvos foram a então presidente Dilma Rousseff e a Petrobrás, e as informações colhidas nos grampos ilegais teriam sido usadas para abastecer, também ilegalmente, a Operação Lava Jato e contribuído para o golpe que derrubou Rousseff em 2016).


Em particular, Snowden revelou a existência de um programa de vigilância telefônica que coletava informações sobre as ligações e mensagens de milhões de americanos e que começou a ser implementado após os ataques de 11 de setembro. Sob esse programa, a agência coletou injustificadamente metadados de bilhões de telefonemas e mensagens de texto por dia, sob o pretexto de rastrear contatos entre suspeitos de terrorismo.


O denunciante também divulgou a existência do PRISM, um programa sob o qual a NSA coletava dados de comunicações na Internet de várias empresas de tecnologia dos EUA, incluindo Microsoft, Google, Facebook, Yahoo! e Apple.


Em junho de 2013, os EUA acusaram o ex-funcionário da CIA de desviar bens do Estado e revelar os segredos do país. Com todas as acusações, Snowden pode pegar até 30 anos de prisão.


Fugindo da perseguição, o queixoso pediu asilo em vários países até que lhe foi concedido na Rússia, onde permanece até hoje. Em 2014, ele recebeu sua primeira autorização de residência e, posteriormente, o direito de permanência ilimitada em território russo.


Com a Agência RT

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