Uma capital para o Sul Global
- Da Redação
- há 1 dia
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Pesquisadores da UFF lançam a candidatura do Rio como sede permanente dos BRICS
No início de julho, ao sediar a Cúpula BRICS, o Rio de Janeiro vai se transformar na capital do mundo multipolar. Ao término da reunião, no entanto, os BRICS voltam a ser um bloco virtual, sem uma base administrativa territorial. Não há sequer um endereço para quem desejar enviar uma carta pelo correio dirigida ao organismo que hoje congrega os maiores territórios do planeta, as maiores populações globais e cerca da metade da riqueza produzida em todo mundo.

Na próxima Cúpula do Brasil, no entanto, os dirigentes dos países integrantes do bloco pisarão na cidade que tem as melhores credenciais para acolhê-los, não só nos três dias da conferência, mas de forma permanente, candidatando-se a se transformar em uma base estrategicamente situada no Hemisfério Sul e convenientemente localizada no quadrante mais ocidental do mapa-mundi.
Essa é a tese defendida pelos pesquisadores Eduardo R. Gomes e Lier Pires Ferreira, do NuBRICS/UFF, primeiro grupo de estudos criado no Brasil a nível acadêmico para se dedicar ao estudo desse bloco geopolítico. A proposta de tornar o Rio de Janeiro como sede permanente dos BRICS é exposta, em primeira mão, em artigo assinado pelos dois professores e publicado no TODA PALAVRA em suas edições impressa e online desta sexta-feira, 25 de abril.
Depois de ter sido a primeira e única capital imperial das Américas, o Rio de Janeiro, como sede dos BRICS, seria uma base posicionada exatamente no Sul Global, cuja emancipação econômica e geopolítica é a própria razão de ser do bloco. E mais: pela cidade também estar localizada no mais ocidental dos continentes, ajudaria a derrubar por terra as acusações lançadas contra os BRICS de serem um movimento político anti-Ocidente.
Dificilmente alguma outra localidade do mundo apresentaria tamanhas vantagens estratégicas. Além disso, a administração do bloco não se quedaria em uma sede nacional, mas em uma cidade que, mesmo não representando mais as armas e brasões de qualquer nação, mantém o porte de uma grande capital cosmopolita, reconhecida e admirada por todo o mundo.
Por sua vez, o Rio de Janeiro estaria diante de uma oportunidade ímpar de se ressignificar e superar o processo de decadência política, econômica e cultural em curso há décadas, praticamente desde a transferência da capital federal para Brasília. Seria, para a cidade, uma nova “abertura dos portos”, quando saltou, em 1808, da sua condição colonial para a de capital imperial - a única, na verdade, que existiu para além do território europeu na história moderna.
Transformar o Rio de Janeiro em sede do novo mundo multipolar seria colocar a cidade no centro da nova ordem mundial e do fim do neocolonialismo representados pelos BRICS.
Leia o artigo no publicado pelo TODA PALAVRA online ou no pdf da edição impressa do jornal abaixo.

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