Vacinação começará antes do Ano Novo. Na Argentina

(Foto: RFPI e Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya).

Primeira vacina registrada no mundo, em 11 de agosto, a Sputnik V, da Rússia, tem a total confiança do governo argentino e foi aprovada em caráter de emergência para começar a imunização da população contra a Covid-19 já a partir desta terça-feira (29), anunciou neste sábado o presidente da Argentina, Alberto Fernández.

O órgão regulador de alimentos e medicamentos da Argentina (ANMAT) autorizou o uso emergencial da Sputnik V, vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.

"As pessoas levantam muitas dúvidas sobre a qualidade científica da Rússia, mas o instituto que desenvolveu a vacina, é um instituto que tem vários prêmios Nobel na sua equipe de pesquisadores", disse Alberto Fernández em uma entrevista no último dia 10.

“A ideia é que, quando chegue o outono, nós tenhamos a maior parte da população de risco vacinada", anunciou Fernández em uma videoconferência com os governadores neste sábado (26). "Enquanto isso, vamos nos cuidar e que todos entendam que o risco existe e que é preciso evitar aglomerações", afirmou, estimulando a população argentina a manter o isolamento social na pandemia.

O acordo com a Rússia prevê fornecimento de 25 milhões de doses da Sputnik V, que não é a única vacina aprovada pelo governo. O país também assinou convênios de fornecimento com as farmacêutica AstraZeneca e faz parte do Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As primeiras doses da Sputnik V foram desembarcadas já na quinta-feira (24) e serão distribuídas a todas as regiões do país.

O México, o Chile e a Costa Rica iniciaram a vacinação contra a Covid-19 na véspera de Natal. O México foi o primeiro país latino-americano a começar a imunizar a população. Os três países aplicam a vacina desenvolvida em conjunto pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.