Assange ganha ação e poderá recorrer contra extradição
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Assange ganha ação e poderá recorrer contra extradição


Julian Assange, jornalista australiano, fundador do WikiLeaks (Reprodução)

O jornalista australiano Julian Assange, de 50 anos, obteve importante vitória na Justiça britânica na sua batalha para evitar de morrer em uma cadeia qualquer nos Estados Unidos. O fundador do WikiLeaks, que revelou ao mundo, entre outros segredos guardados pelos governos norte-americanos, a extrema violência das operações militares do país no Afeganistão e no Iraque, teve pedido acatado nesta segunda-feira (24) e poderá recorrer à Suprema Corte do Reino Unido sobre sua extradição para os EUA.

Em dezembro, a corte de apelações de Londres havia praticamente determinado a entrega de Assange, ao anular decisão de um tribunal inferior que dizia que ele não deveria ser extraditado porque sua saúde mental frágil significava um risco concreto de suicídio.

Os documentos e vídeos confidenciais divulgados pelo jornalista, em 2010 e 2011, revelaram uma série de crimes cometidos por militares dos Estados Unidos, entre assassinatos de centenas de civis no Afeganistão e cerca de 66 mil no Iraque, além da tortura recorrente de prisioneiros.

A nova decisão da Justiça britânica permite a Assange seu último recurso para evitar o julgamento nos EUA sob 18 acusações relacionadas às divulgações do WikiLeaks. Seus advogados estimam que caso ele seja extraditado e condenado, poderá pegar até 175 anos de prisão.

Espionagem no Brasil

Em 2015, o site WikiLeaks divulgou uma lista com 29 números de telefone de autoridades e assessores do governo brasileiro que teriam sido alvo de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A relação, classificada como ultrassecreta, inclui, além de números do gabinete da própria presidente Dilma Rousseff, contatos de integrantes do alto escalão do governo, como ministros e diretor do Banco Central. Também foram espionadas as embaixadas brasileiras na França, na Alemanha, na União Europeia, na Suíça e nos Estados Unidos e até o Gabinete de Segurança Institucional.

Em 2013, Edward Snowden, ex-consultor de informática da NSA, já havia feito denúncias de que a agência espionou também a Petrobrás. Acredita-se que vem daí a origem das investigações da Lava Jato sob o comando do então juiz Sergio Moro, que, no ano passado, veio a ser contratado como sócio da empresa estadunidense Alvarez & Marsal - que tem entre seus sócios ex-integrantes da NSA. Parlamentares já se movimentam para aprovar a instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar os ganhos de Moro no período em que esteve sob contrato oficial com a empresa estadunidense, que teve mais de 75% de seu faturamento no Brasil oriundo de contratos com empreiteiras quebradas pela Lava Lato.

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