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Bolsonaro parte para baixaria em evento de campanha


O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa para apoiadores na CNA (Reprodução)

Em clima eleitoral, com um discurso recheado de xingamentos e repetitivos ataques contra o ex-presidente Lula (PT) - seu principal adversário nas eleições de outubro e líder nas pesquisas - e ministros do Superior Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do Encontro Nacional do Agro (Enagro), um evento típico de campanha, nesta quarta-feira (10). Bolsonaro ainda conclamou os que ele chama de "cidadãos de bem" a comprarem armas, afirmando que "isso está na Bíblia".

Conforme a Folha de São Paulo, Bolsonaro também fez piada homofóbica com ex-ministros da Defesa, dizendo que, em gestões anteriores, eles "nunca pegaram em uma pistola" e "nunca deram um tiro". Segundo Bolsonaro, os ex-ministros da Defesa - do período anterior a ele no governo - eram pessoas "que não entendiam nada".

"Até pouco tempo tinha tudo quanto é tipo de gente lá, que não entendia nada, que nunca pegou numa pistola - que atira, vamos deixar bem claro - e foi ser ministro da Defesa. Ele pode ter pego em várias outras pistolas, nessa que atira não", ironizou, numa baixaria alusiva ao órgão sexual masculino.

A declaração era uma resposta indireta a recente fala do ex-presidente Lula, que disse ser favorável a um civil no comando do Ministério da Defesa, caso seja eleito para um terceiro mandato. Também recentemente, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, enfatizou, durante uma conferência entre autoridades de Defesa das Américas realizada no Brasil, a necessidade de os militares estarem sob firme controle civil.

Candidato à reeleição pelo PL - partido presidido pelo ex-deputado Waldemar Costa Neto, preso por corrupção e lavagem de dinheiro em 2012 -, Bolsonaro disparou ataques ao ex-presidente Lula, o classificando como um "bêbado que quer dirigir o Brasil", e disse que o "trenzinho vermelho" da vitória de partidos de esquerda em países da América do Sul não pode se repetir no Brasil.

"Sou o chefe da nação e não vou chegar a 2023 ou 2024 e dizer 'o que eu não fiz lá atrás para o Brasil chegar nesta situação'. Que isso custe a minha vida! […] Nós somos a maioria, somos pessoas de bem. Nós de verdade trabalhamos. Não vamos perder para narrativas, para três ou quatro que assumiram cargos e se acham deuses", afirmou, em referência a ministros do STF e TSE.

Para Bolsonaro, a Bíblia incentiva as pessoas "de bem" a comprarem armas porque "povo armado, jamais será escravizado".

"Nossa geração não pode ser lembrada lá na frente como a que teve chance de fazer e se acovardou para duas ou três pessoas que não tiveram nenhum mérito para chegar onde chegaram. Comprem suas armas, isso está na Bíblia; jamais seremos cordeiros de dois ou três", emendou, mais uma vez se referindo a ministros do STF.

Uma pesquisa Datafolha, realizada em maio, apontou que 69% dos entrevistados se opõem a essa ideia de Bolsonaro de que "o povo armado jamais será escravizado". A taxa sobe entre mulheres (73%), no Sudeste (73%) e entre pessoas autodeclaradas pretas (73%). Apenas 28% dos brasileiros disseram concordar com a declaração. Além disso, 72% rejeitaram a frase "A sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência", de acordo com a pesquisa. O percentual de discordância é maior entre mulheres (78%), entre pessoas que se declaram pretas (78%) e entre aqueles que estão na menor faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).

Em clima de apoio irrestrito, em meio a aplausos e gargalhadas, o discurso de Bolsonaro no evento desta quarta-feira durou uma hora e foi encerrado com uma bandeira do Brasil, no palco, levantada por integrantes do governo e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), que, no passado, também apoiou Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff - e também o golpe contra ela.

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