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Esquema da Abin paralela custou mais de R$ 27 milhões aos cofres públicos


(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

O relatório da Polícia Federal que revela a estrutura paralela criada dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter custado mais de R$ 27 milhões ao Estado brasileiro.


A estimativa, feita com auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial considera não apenas o valor do sistema de monitoramento secreto utilizado, mas também os salários dos servidores envolvidos e outros custos operacionais.


O centro da operação foi o sistema “First Mile”, contratado pela Abin por meio do contrato nº 567/2018, que operou entre 26 de dezembro de 2018 e 8 de maio de 2021. Segundo o relatório, a ferramenta custou R$ 5,7 milhões durante o período.


O software permitia acessar dados de geolocalização de celulares em tempo real, sem autorização judicial. Diversos servidores da Abin utilizaram a plataforma de forma intensiva.


Um dos principais nomes mencionados, Luiz Gustavo da Silva Mota, realizou mais de 33 mil consultas. Outros agentes, como Diego Braga Serpa e Ítalo Leone Correa, também aparecem entre os principais usuários, com 11.763 acessos. Ao todo, o relatório contabiliza 60.734 acessos ilegais, revelando o uso sistemático da ferramenta para fins não autorizados.


Estrutura organizacional paralela na Abin

A PF aponta que a operação do sistema fez parte de uma estrutura paralela organizada dentro da Abin, composta por diferentes “núcleos” com funções específicas. Entre eles, estão: o Núcleo Político, Núcleo de Comando e Alta Gestão, o Núcleo de Execução Clandestina, Núcleo de Gestão Operacional de Inteligência (DOINT), Núcleo de Produção e Propagação de Fake News e Núcleo de Embaraçamento de Investigações.


Segundo os investigadores, essa estrutura funcionava à margem das atribuições legais da agência, com objetivos políticos e de perseguição a adversários do governo da época.


Para estimar o custo total do esquema, o relatório considerou os salários dos servidores envolvidos. Com base nos usuários identificados e na quantidade de núcleos, estima-se que entre 30 e 40 servidores participaram diretamente das ações ilegais.


Considerando uma média salarial de R$ 20 mil mensais por servidor e o período de operação de 28 meses, o custo estimado com pessoal chega a R$ 19,6 milhões.


Além dos salários e do sistema First Mile, o relatório aponta que outros recursos públicos foram usados para viabilizar a operação da estrutura paralela. Entre eles: instalações da Abin (estrutura física), equipamentos como computadores e servidores, outros sistemas de inteligência, despesas com viagens e diárias. A estimativa conservadora desses custos adicionais é de R$ 2 milhões.


Somando todos os elementos — sistema, pessoal e despesas operacionais —, o custo estimado do esquema ilegal chega a pelo menos R$ 27,3 milhões.


O relatório reforça a gravidade das acusações contra os envolvidos e deve embasar novas fases da investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.


Custo institucional incalculável

O relatório ressalta que, além dos danos financeiros, o uso político da estrutura de inteligência causou prejuízos graves e intangíveis à democracia brasileira. Um dos alvos de monitoramento citado foi o Instituto Conhecimento Liberta (ICL), apontando o uso da Abin como instrumento de perseguição a opositores políticos.


A apuração segue em andamento e pode revelar a participação de um número ainda maior de servidores, além de custos não identificados até o momento.


Do ICL Notícias

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