Nord Stream na pauta do Conselho de Segurança da ONU
- Da Redação
- há 28 minutos
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Por Diane Sare (EIRNS)
O Conselho de Segurança da ONU foi convocado a pedido da Federação Russa depois que um cidadão ucraniano foi preso na Itália por supostamente coordenar o ataque de setembro de 2022 aos oleodutos Nord Stream.
O encarregado de negócios russo, Dmitry Polyanskiy, deu uma breve entrevista coletiva antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, cujo trecho está disponível abaixo, e seguida por um resumo das respostas de várias nações na audiência do Conselho de Segurança.
Polyanskiy: “[Acreditamos] que a situação em torno da sabotagem do Nord Stream é crítica. Está se desenvolvendo de forma equivocada. Vocês sabem que, desde o início, criticamos as investigações da Dinamarca, Suécia e Alemanha. Duas delas — as investigações da Suécia e da Dinamarca — já concluíram que houve de fato uma sabotagem do Nord Stream. Isso é, obviamente, algo muito 'substancial' para um ano e meio de investigação. Estamos percebendo que há novos detalhes surgindo agora sobre o curso da investigação alemã, mas ela ainda permanece muito obscura e pouco transparente para o Conselho de Segurança, o que consideramos muito ruim, porque a direção para onde tudo se move é transferir a culpa daqueles que realmente estão por trás dessa sabotagem e nos apresentar uma espécie de bodes expiatórios que podem ter se envolvido neste crime, mas que não poderiam tê-lo cometido sozinhos. Acho que todos entendem isso.
Somos pessoas sérias no Conselho de Segurança e devemos nos engajar em assuntos sérios. É por isso que não estamos satisfeitos com isso e queremos conscientizar a todos sobre a importância de uma investigação internacional sobre este ato de sabotagem. É importante não apenas para a Rússia, e não apenas para a Alemanha — cujos interesses econômicos estão em jogo —, mas também para evitar tais situações no futuro e não dar um mau exemplo a todos os tipos de terroristas internacionais e outros atores desonestos que possam se inspirar na incapacidade da comunidade internacional de encontrar os responsáveis por este ataque terrorista e levá-los à justiça.
Questionado por um jornalista sobre a recente prisão na Itália, Polyanskiy respondeu: “Posso dizer que esta versão é — deixe-me colocar de forma diplomática — muito questionável. Porque nos pedem para acreditar que um grupo de mergulhadores amadores é capaz de colocar um dispositivo explosivo a 80 metros de profundidade no centro do Mar Báltico — cada centímetro dele monitorado por Estados-membros da OTAN — e que ninguém sabia disso e ninguém ajudou esses caras. E eles são atores absolutamente desonestos, sem qualquer ajuda. Isso é para um filme de Hollywood, mas não para a vida real.”
Ele reiterou a necessidade de que os verdadeiros perpetradores sejam levados à justiça, uma preocupação ecoada vigorosamente pela China na reunião do Conselho de Segurança, em forte contraste com os europeus e até mesmo o representante americano, todos os quais disseram que a questão do Nord Stream já havia sido discutida repetidamente e que a investigação alemã em andamento não deveria ser "politizada". Os representantes francês, britânico, dinamarquês e grego também tentaram mudar o foco acusando a Rússia de "hipocrisia" por levantar um ataque à infraestrutura enquanto a Rússia está atacando a infraestrutura energética da Ucrânia.
Sem chegar a denunciar a Rússia pelo bombardeio da Ucrânia, o representante americano afirmou: "Não vemos benefício em repetir nossas inúmeras conversas sobre esse assunto", e a prisão desse indivíduo não justifica isso. Além disso, nos opomos às "acusações hiperbólicas e à retórica de escalada" do representante russo. Os Estados Unidos têm plena confiança na investigação em andamento. "O presidente Trump está focado em um objetivo: trazer uma paz negociada e duradoura para a Ucrânia e acabar com o sofrimento humano. Apelamos à Rússia para que se concentre também nesse objetivo."
O representante da China lembrou ao Conselho que, quando o ataque ocorreu, a China havia solicitado uma investigação imparcial, com a qual o Conselho concordou, mas, de alguma forma, três anos depois, nenhuma informação foi compartilhada com o Conselho sobre o ocorrido. Dinamarca e Suécia afirmam ter concluído suas investigações sem revelar nada de substancial, e a Alemanha supostamente ainda está investigando e já prendeu um suspeito. "Isso é tudo menos normal." Ele prosseguiu, afirmando incisivamente: "A verdade não deve ser varrida para debaixo do tapete... os perpetradores não devem andar livres, impunes pela lei."
O representante dinamarquês alegou que a Dinamarca havia enviado sete cartas compartilhando o que havia descoberto, mas Polyanskiy expôs a mentira, lembrando-o de que a Dinamarca havia relatado ter puxado um "cilindro de metal" das profundezas, mas se recusou a permitir que os russos o examinassem.
Por que o representante do presidente Trump nas Nações Unidas desejaria continuar acobertando os crimes do governo Biden? Parece que o Diretor Executivo da Divisão de Inteligência (DNI) Gabbard tem mais trabalho a fazer.
(Executive Intelligence Review)