Seguranças da campanha de Bolsonaro foram para a Abin
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Seguranças da campanha de Bolsonaro foram para a Abin


Ao menos cinco agentes da Polícia Federal (PF), alguns envolvidos na segurança do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018, foram transferidos para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo neste sábado (19), a transferência foi feita pelo diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, que foi coordenador da segurança de Bolsonaro desde o episódio da facada.

Pessoas envolvidas nos bastidores do órgão disseram ao jornal que o grupo de Ramagem seria responsável por orientar informalmente a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das rachadinhas.

Um dos envolvidos no grupo seria o delegado da PF Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, espécie de braço direito de Ramagem. Ele atualmente ocupa o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin.

Coelho e Ramagem trabalharam no Palácio do Planalto no início do mandato de Bolsonaro como assessores especiais na Secretaria de Governo, pasta chefiada à época pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Outra delegada da confiança de Ramagem com passagem pela Abin foi Simone Silva dos Santos Guerra. Atualmente, no entanto, ela não trabalha mais no órgão, pois ocupa o cargo de coordenadora-geral de Cooperação Internacional da PF.

Em 2018, Simone Guerra era a responsável por chefiar cerca de 280 policiais federais envolvidos na "Operação Presidenciáveis". Cuidou da segurança de seis candidatos, entre eles Bolsonaro, que sofreu um atentado e passou a ser protegido pela equipe de Ramagem.

Também na Abin estão outros três agentes da PF: Marcelo Araújo Bormevet, que faz militância virtual e elogia os filhos do presidente nas redes sociais; Flávio Antônio Gomes, atualmente atua como assessor na Superintendência da Abin em São Paulo; e o agente Felipe Arlotta Freitas. Os dois primeiros estiveram diretamente envolvidos na equipe que ajudou a socorrer Bolsonaro no caso da facada e estavam bem próximos de Adélio Bispo no momento em que este desferiu o golpe em direção a barriga do candidato, que não vinha bem nas pesquisas após sua participação em debates.

Em nota, nesta sexta-feira (18), a Abin negou o envolvimento de seus diretores com orientação à defesa de Flávio e disse que "nenhum relatório foi produzido com tema, assunto, texto ou o título exposto, tampouco a forma e o conteúdo dispostos correspondem a relatórios confeccionados na Abin".

A entrevista da advogada de Flávio à revista época, no entanto, confirma a autenticidade dos documentos e sua procedência da Abin. "Ele (Ramagem) sugeriu esse monte de ação que ninguém seguiu nada", revelou a advogada.

Ciro Gomes: abuso de poder

O ex-ministro e líder do PDT, Ciro Gomes, usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. Ele disse que a Justiça deve ser severa ou será omissa.

"Bolsonaro está usando e abusando das estruturas do Estado para proteger sua quadrilha! General Heleno [ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual a Abin é vinculada] e Ramagem são cúmplices criminosos! Que a Justiça seja severa, ou será omissa enquanto se ergue um estado policial controlado por perigosos marginais!", escreveu em sua conta no Twitter.

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