Professores de SG decidem manter "greve pela vida"

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Em uma assembleia que contou com aproximadamente 300 pessoas, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) em São Gonçalo, decidiu, na última sexta-feira (26/2), manter a "Greve pela Vida". A categoria não foi vacinada e afirma que as escolas não possuem ferramentas para garantir um ambiente seguro para funcionários e alunos, o que torna o ambiente escolar um local de risco.

A Secretaria de Educação de São Gonçalo determinou nesta semana o início do sistema híbrido de ensino, no qual os alunos terão aulas online e presenciais algumas vezes por semana. No município, o ano letivo começou no dia 8 de fevereiro de forma remota, e agora, aos poucos, os profissionais estão sendo convocados para a jornada de trabalho presencial, o que preocupa a categoria. Sem garantias de que as normas de segurança sanitária nas escolas estão sendo seguidas, os profissionais optaram pela greve.

Além da recusa em atender às reivindicações dos professores, na última semana — conforme o TODA PALAVRA noticiou com exclusividade — uma postagem da secretária de educação Lícia Damasceno nas redes sociais causou indignação entre os servidores. No Instagram, em uma foto com o marido, ela afirmou que "não se esconde atrás de concurso público."

"Nós trabalhamos desde cedo como todos os trabalhadores de verdade. Não nos escondemos atrás de concurso público. Essa é a luta de verdade, é a luta de quem acorda cedo e trabalha pelo povo há mais de 20 anos. Somos árvores que dão frutos. As pedradas virão, mas a raiz continua firme. Deus nos abençoe e não desampare ninguém", escreveu.

Depois da repercussão negativa, a postagem foi removida, mas isso só fez aumentar a revolta dos profissionais. Em nota, o Sindicato de Servidores Públicos Efetivos de São Gonçalo desejou, de forma contundente, "que a sra. Lícia Damasceno tenha maturidade em não ceder ao deslumbre ilusório que o cargo proporciona".