Sob fogo de Bolsonaro, China compra mais soja da Argentina
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Sob fogo de Bolsonaro, China compra mais soja da Argentina


(Reprodução)

A Argentina aumentará de três para quatro milhões de toneladas o volume de suas exportações de soja para a estatal chinesa Sinograin em 2021, conforme anúncio feito nesta sexta-feira (30) pelo Ministério das Relações Exteriores argentino.

O aumento foi confirmado na renovação de um convênio firmado em 2018 por Buenos Aires e Pequim, que também prevê incrementar o volume de óleo de soja vendido para a empresa chinesa de 300 mil para 400 mil toneladas.

​A chinesa Sinograin vai aumentar em 25% as compras de grãos e óleo de soja, aumentando em 500 milhões de dólares o faturamento em relação a 2019.

Segundo a chancelaria argentina, isso implicará em receitas de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,6 bilhões) a US$ 2 bilhões (R$ 11,5 bilhões), com base no atual patamar de preços do produto.

"A Argentina chegou a exportar US$ 85 bilhões [R$ 488 bilhões] e, em 2019, alcançou apenas os US$ 65 bilhões [R$ 373 bilhões]. É necessário recuperar esses US$ 20 bilhões [R$ 115] de diferença, porque aumentar as exportações permitirá que nosso país não tenha o clássico problema de estreitamento da balança de pagamentos que culmina em endividamento", disse o chanceler Felipe Solá.

​Mais cedo, o governo argentino conseguiu interromper uma greve de trabalhadores em processadoras de oleaginosas motivada por desentendimentos entre funcionários e empresários sobre o pagamento de bônus relacionados à pandemia da Covid-19.

O Sindicato de Trabalhadores e Empregados de Indústrias de Oleaginosas (SOEA), que representa os trabalhadores das empresas processadoras de grãos das cidades de San Lorenzo, Puerto General San Martín e Timbúes, de onde provêm cerca de 80% das exportações agroindustriais do país, reivindica o pagamento retroativo de bônus mensais por trabalhos realizados durante a suspensão de atividades econômicas por conta do surto do novo coronavírus, assunto que vem sendo debatido em uma série de reuniões mediadas por representantes do Ministério do Trabalho.

Nesta sexta-feira (30), no início da tarde, o sindicato iniciou uma greve que deveria durar ao menos 24 horas, mas foi suspensa após o governo publicar um decreto de conciliação compulsória, segundo o qual as partes terão 15 dias úteis para chegar a um acordo.

"A conciliação foi emitida e nós a cumprimos", declarou à Reuters o secretário da SOEA, Daniel Succi, destacando que uma nova reunião com as empresas do setor deverá ser realizada na próxima terça-feira (3).

Fogo contra a China

A declaração nesta semana do presidente Jair Bolsonaro de que não vai comprar a vacina CoronaVac desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech, repercutiu no mundo inteiro através de agências e canais internacionais como Bloomberg, Forbes, BBC, Al Jazeera e El País.

A revista Forbes deu destaque à frase de Bolsonaro de que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”. Além da indisposição com a China, outros veículos também ressaltaram a politização ideológica do presidente brasileiro em torno de soluções para pandemia no Brasil.

Não apenas em relação à "vacina da China", mais ainda sobre a adoção da tecnologia 5G no Brasil. Ao receber, no último dia 19, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, e sua comitiva, no Palácio do Planalto, Bolsonaro sinalizou que chutou para escanteio a gigante chinesa Huawei no leilão de licenças do padrão da 5ª geração de internet móvel, em 2021. O argumento do governo é o risco da China para a segurança nacional, por entender que há implicações da Huawei com o governo central chinês dirigido pelo partido comunista.

A China é o maior parceiro comercial e responde por quase dois terços do superávit da balança comercial do Brasil.


Com a Sputnik

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